Análise Crítica do Filme Temple Grandin
O filme conta a história de uma jovem autista americana, a qual empresta seu nome para o título do filme. Quando criança Temple enfrentava dificuldades de interação com as pessoas, até os quatro anos de idade não falava e foi diagnosticada como “esquizofrênica infantil”, sendo indicada a ser internada numa instituição psiquiátrica. No entanto a família de Temple insistiu em seu aprendizado e procurou diversas escolas até encontrar uma escola adequada para ela. Em uma destas um bom vínculo foi criado com a menina, colaborando para aflorar em Temple a sede do aprender. A jovem tem êxito em sua jornada acadêmica, e consegue alcançar até o doutorado.
Ao observar Temple interagindo com o meio ambiente no filme, pôde-se perceber que a forma de aprendizagem utilizada por ela vale-se das imagens como recurso para compreender o mundo, através delas, faz associações e adquire conhecimento. Realizando uma análise através dos conceitos teóricos em psicopedagogia, que busca classificar a forma de aprendizagem do aprendiz, pode-se dizer que Temple aprende através da Observação Reflexiva. Percebe-se aí, neste jogo de transformação das imagens em aprendizagem, a forma muito saudável com que Temple transforma o mundo a sua volta. Numa tentativa de fugir da hostilidade do mundo e das pessoas, as quais Temple não compreende, ela “decodifica” o que encontra em seu ambiente, recriando o conhecimento ali encontrado, para que possa ser incorporado e assimilado por ela.
No que se refere ao protagonismo e autoria de pensamento, Temple mostra-se, até o final do filme, autora de diversas teses e projetos revolucionários na área em que atuava. Claramente, isso se deve não só às habilidades de Temple em decodificar o mundo em signos para apreendê-lo, mas também aos estímulos vindos da escola em que fez parte na infância, e do esforço de sua família.
Sua mãe inicialmente fora estimulada pelos médicos a desistir de Temple e institucionalizar