Análise Crítica do Filme Preciosa
O filme se passa no ano de 1987 nos Estados Unidos da América, onde ocorria uma grande segregação racial e reflete expreções da questão social, a exemplo de Buling, violência do tipo sexual, psicológica, verbal e física, atraso educacional, homofobia, preconceito contra profissões desempenhadas por homens e mulheres, bullying, tráfico de drogas, um grande atraso na política de saúde no tratamento do HIV, etc. No tocante à política de assistência a social, não temos tanta propriedade para dissertar criticamente com relação à época tratada na obra, por não termos conhecimento de como era o desenvolvimento do serviço social dos EUA em 1987. No Brasil, o primeiro código de ética da profissão de serviço social que quebrou com o conservadorismo da profissão foi o de 1986, sendo assim, em 1987 estava em processo de implantação e a política de atendimento, bom como a atuação nos casos em que há vínculos familiares rompidos ainda eram precárias, apesar de a profissão ter passado pelo processo de reconceituação, devemos salientar as precariedades dos serviços públicos apresentados naquela época não dependiam apenas do serviço social, pois essa faz parte de equipe multidisciplinar. Analisando o desempenho profissional das assistentes sociais na perspectiva de hoje, podemos perceber uma série de irregularidades ou ações incorretas. A primeira assistente social faz a visita à casa de Clarice Preciosa com o intuito de fiscalizar se as menores (filha e mãe) estão sendo bem tratadas e se a genitora de Preciosa está fazendo bom uso do benefício assistencial e se a menor com síndrome de DAWN periodicamente faz tratamento médico, no entanto a ação da profissional era pragmática, ou seja, a preocupação estava focada no imediato. Por se tratar de uma visita de fiscalização, a nosso ver, não deveria ser informada, além disso, nenhum documento que provasse que a criança com deficiência tinha acompanhamento de fato,