Análise crítica do documentário um dia no jornal nacional

Análise Crítica do Documentário Um dia no Jornal Nacional

Ana Valéria Carvalho Silva

O Jornal Nacional em 2004 completou 35 anos no ar e a equipe de jornalismo da
Rede Globo lançou o documentário Um dia no Jornal Nacional, que mostra ao telespectador como este telejornal é construído diariamente. Temos a oportunidade, através das câmeras, de percorrer os corredores, as salas, e de ver a equipe discutindo pautas e ideias que darão resultado nos 30 minutos de notícias que entram em nossas casas todos os dias através desse telejornal. O editor-chefe e apresentador William Bonner chega ao trabalho 12 horas antes do jornal ir ao ar, para, assim, tomar conhecimento de tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo e montar junto com a equipe o roteiro do JN daquele dia. Antes de sua chegada, muitos jornalistas já estão com reportagens prontas para serem analisadas, estas, sob a decisão de Bonner, podem ir ao ar ou não.
A “reunião de caixa” acontece às 10h da manhã com a coleta de informações das capitais, apenas as consideradas pelos chefes de jornalismo da empresa como mais influentes para render notícias, e de alguns países onde a Globo possui filial. O objetivo é, juntamente com a equipe, decidir o que o brasileiro “precisa” e “quer” saber sobre os acontecimentos do dia, o que tem acontecido no país e no mundo que deve ser dividido com o público de casa.
Porém, há muito mais acontecendo do que o jornal consegue assimilar, não é possível englobar tudo, por isso, há uma hierarquização da notícia. Nesse sentido, se analisarmos que o público da Rede Globo é a massa do país que, em muitos casos, não tem educação de qualidade, mas tem uma TV ligada no canal 4, concluiremos que o jornalismo da Globo detêm o poder de fazer o Brasil saber apenas o que eles acham ser importante.
Entre imagens de repórteres nas ruas e imagens da redação, vemos depoimentos dos protagonistas do documentário. William Bonner, Fátima Bernardes (à época editora e