Análise Critica Sus Saude Coletiva
No que se refere ao Sistema único de saúde como processo social de longa maturação, podemos destacar que o SUS, não se iniciou em 1988, com o lançamento constitucional de seus princípios, nem deve ter um momento definido para seu término, o SUS não começou ontem e nem termina hoje. Mudanças rápidas são típicas de regimes autoritários e de países de primeiro mundo, o SUS como processo social, tem dimensão política, no que vai sendo construído em ambiente democrático, no embate político, ideológico e tecnológico em que se apresentam na área sanitária, diferentes partidos sociais portadores de projetos diversificados, impulsionados por um movimento social que se denomina de reforma sanitária brasileira. Neste artigo o autor faz uma breve trajetória do sistema de saúde no Brasil desde o sanitarismo campanhista do modelo médico-assistencial privatista, até chegar no final dos anos 80, ao modelo plural, hoje vigente, que inclui como sistema público, o SUS. O debate acerca do processo, resultados e perspectivas da reforma do sistema de saúde brasileiro é sempre necessário e, sem dúvida, extremamente oportuno no momento atual, em que se apresenta uma proposta de mudança na estratégia de descentralização e regionalização dos serviços. Tendo em vista a busca de alternativas de ações que possam contribuir para o alcance ou a aproximação dos objetivos de universalização, integralidade e eqüidade, é importante que se amplie a investigação e a reflexão crítica acerca do processo e dos resultados decorrentes da implementação de inovações gerenciais, organizativas e operacionais no âmbito de sistemas locais de saúde que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos. O desafio que se coloca é o de difundir, multiplicar e institucionalizar as propostas que vêm sendo debatidas nos centros acadêmicos e sistemas de serviços em vários estados e municípios das diversas regiões do país, com apoio ou não de