Análise conto "onze de maio", rubens fonseca
O Cobrador é um livro de contos publicado em 1979, que reúne contos de Rubem Fonseca. Constituída por dez contos, entre eles “Onze de Maio” que fala sobre discriminação social. O escritor usa uma narrativa agressiva, com forte realismo, para retratar o submundo do crime e da violência urbana no Rio de Janeiro da década de 1970. Rubem Fonseca é mestre na abordagem da desordem, desagregação, ausência de valores definidos, crise social, violência física e mental, encontradas nas cidades brasileiras. Voltado, basicamente, para a exploração do universo urbano, ele traz para as suas obras problemas que dizem respeito a violência social, a cultura de massas, o saber popular, o papel da arte no mundo contemporâneo etc. Seu conto "Onze de Maio" se passa em ambiente restrito e fechado, um asilo de idosos e todos vivem em cubículos. O narrador, José, um professor de história aposentado, está internado em um asilo e passa a relatar o seu dia-a-dia. José, no início, parece conformado com a situação em que se encontra. Entretanto, ele percebe as coisas a sua volta, vê que estão completamente isolados da sociedade, presos em um ambiente que mais parece presídio do que lar de idosos. Os idosos são condicionados a aceitar o tratamento humilhante que lhes é dado. José decidiu então unir-se aos seus companheiros, Pharoux e Cortines, para realizar um motim em busca da liberdade. Para o narrador, a única forma de ganhar o complexo jogo da sobrevivência. O conto é narrado em primeira pessoa e está fortemente ligado com a realidade social da época. Aquele que narra passa a ser um dos rebeldes e, como personagem, toma o poder interior da narrativa e dá sua própria versão dos acontecimentos. Os personagens encontrados no conto foram: O narrador, José, um professor de história aposentado que tinha Ecmnésia; Baldomiro, antes de se aposentar, era engenheiro elétrico; Phaurox, era policial, não tinha um olho e era um homem de