Análise Antropológica do filme Ensaio Sobre a Cegueira
A primeira cena traz uma cena do nosso cotidianos, dezenas de carros num semáforo e buzinas de estressados com um automóvel que não sai do lugar. O homem ao volante está repentinamente cego, com sua visão envolvida num mar branco como nenhuma cegueira registrada. Um transeunte se oferece para ajudá-lo, porém, depois de deixar o cego em casa, rouba seu carro. A esposa do homem, japonesa como ele, chega em casa e o leva ao médico, que não consegue diagnosticar uma doença. O médico e o paciente têm contato com mais pessoas e todos ficam cegos, menos a esposa do médico. O governo manda todos os cegos em ambulância para serem aparentemente tratados em um centro especializado. A esposa do médico finge-se de cega para acompanhar o marido. No local, são abandonados à própria sorte, presos em quarentena, sem medicamento para uma possível cura, isolados do resto do mundo. E não podem sair, guardas armados, com medo de ficarem cegos, atiram contra qualquer um que se perca das filas, e sim, para matar.
A história logo se desenrola numa distopia: abandonados pelo governo, excluídos da sociedade e com cada vez menos comida para cada vez mais cegos, alguns dos “pacientes” logo partem para a autotutela. Um homem armado clama para si a chefia do local,