Amor de perdição é uma obra do ultra romantismo português, esse movimento é a segunda fase do romantismo português. É muito semelhante ao “romantismo tradicional”, porém, é um pouco mais exagerado, com maiores conflitos e mais “catastrófico”. Esse livro é uma espécie de transição entre romantismo e realismo. Estamos no final do romantismo, na fase ultra romântica e já temos indícios de realismo na obra. A obra é basicamente ultra romântica, devido ao amor levado ao extremo por Teresa e Simão e também por Mariana. Porém, em partes como a que fala de pessoas que bebem no convento, que riras fazem coisas que não dizem respeito à religião, sendo, muitas vezes, imorais...Fatos como esse denunciam a hipocrisia da sociedade da época – assim como fazia “Machado de Assis” - e isso é puro realismo. Apesar de Castelo Branco não ser um simpatizante do realismo (pois achava as obras desse movimento imorais e gostava de escrever livros que uma família pudesse ler junta, sem maiores problemas) escrevia em algumas horas de forma realista. A primeira fase do movimento romântico é voltada, em muitas obras, ao nacionalismo, como em Iracema, sendo que o ultra romântico busca mais trabalhar com os personagens em relação aos seus sentimentos, com os extremos que o amor pode alcançar, ou seja, até que ponto os sentimentos do homem podem guiar sua existência. Na obra “Amor de Perdição” podemos fazer análise de alguns personagens e de algumas contextualizações: Simão Botelho: Simão é um personagem histórico - assim como Martin em Iracema, de José de Alencar – é baseado em um personagem real. O Simão real era um bagunceiro de Coimbra, que em 1807 foi degredado para Índia. O Simão de “Amor de Perdição” é um eterno apaixonado, um acadêmico alguém que não aceita as imposições do pai. Simão é um personagem típico do ultra romantismo, Aquela que leva o amor ao extremo, que encara a morte ou qualquer outra vicissitude por amor, é um herói romântico. Compara-se com Martin de Iracema, por ser um