anuncio galeria
- Cuidado! Cuidado! Alí, atrás da escada, abaixa. – Gritou o comandante. [2] –Pow! Pow! [3]
Estou viajando, preciso me concentrar ou quem vai morrer sou eu[4]. - Pow! Pow![5] - Acertei sua cabeça e ele caiu no chão, esse já era, só consigo ver seus miolos espalhados pela escada.[6] Continuamos subindo, o silêncio grita, a equipe ganhando passo a passo o morro, a noite está só começando e ainda vai cair muito sangue hoje nessa favela, sinto o cheiro da corrupção, da malandragem, das drogas, e fico mais na fúria ainda para decepar esses bandidos que acham que mandam e desmandam na favela.[7] No meio do caminho uma ponte caída que com certeza era proposital, carro não passa dali, um tronco de árvore é feito de passarela para a passagem por cima do esgoto podre e fedido ao ar livre, uma correnteza de doenças gritando na noite sangrenta de são Paulo.[8]
- Atenção tropa, agora é alerta geral, redobrem a atenção! – Disse o comandante.[9] Nem deu tempo de terminar quando escuto aquele assovio familiar da bala saindo do cano, seguido do urro de dor de um dos soldados, quem vai com muita sede ao pote as vezes roda irmão, não deu outra, o novato vacilou, fez barulho agora não tem o que fazer, que comece a matança, quero beber sangue de traficante. [10]
Pow! Pow![11] – Um otário, linha de frente dos traficantes, que estava de campana vigiando a passarela solta outro disparo, acabou de matar meu parceiro e agora quer me pegar. Aqui o bagulho é louco, cruzou meu caminho vai engasgar com o próprio sangue.[12] – FLAP![13] Lanço minha faca e corto o pescoço dele como se fosse um salame. Não é brincadeira, viemos pra acabar com o tráfico.[14]
Eles estão armados até os dentes, é nós também estamos,