António Lobo Antunes
António Lobo Antunes nasceu em Lisboa a 1 de
Setembro de 1942 e é atualmente considerado como um dos mais importantes autores da literatura portuguesa dos séculos XX e XXI. Os seus pais, Maria Margarida Almeida Lima e
João Alfredo Lobo Antunes, pertenciam à grande burguesia. É o mais velho de seis irmãos, todos com carreiras distintas na medicina, jurisprudência, arquitetura e diplomacia. •
Em 1952 entra no Liceu Camões e termina em 1959 era um aluno com um bom comportamento e notas razoáveis. Quando chegou a altura de ingressar no ensino superior, Lobo Antunes queria inscrever-se no curso de Letras. O pai aconselhou-o a seguir um curso técnico – ficaria com melhor preparação. Seguiu o conselho paternal e entrou em
Medicina
e
licenciou-se
em
Psiquiatria, por ser parecido com a literatura.
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Em 6 de Janeiro de 1970 Lobo Antunes foi recrutado para o exército.
Nesse mesmo ano, casou com a sua primeira mulher, Maria José
Fonseca e Costa, de quem teve duas filhas. Foi destacado para Angola, durante a fase final da Guerra Colonial portuguesa, entre os anos de
1970 e 1973 onde prestou serviço como tenente médico. Foi a esta experiência na guerra que Lobo Antunes foi buscar grande parte da inspiração para redigir os seus livros.
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Regressou a Lisboa em 1973 e começou a trabalhar no Hospital Miguel
Bombarda. Lobo Antunes tem, aliás, uma opinião pouco ortodoxa em relação aos problemas mentais. Em entrevista ao jornal "Público" afirmou: "É preciso muita coragem para se ser realmente louco."
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Passados quatro anos, publicou o seu primeiro romance, "Memória de
Elefante", a história de um psiquiatra que esteve em Angola durante a guerra. O conflito está presente em muitos dos seus livros, mas isso não faz dele um escritor da guerra. Lobo Antunes fala, acima de tudo, dos seres humanos. O que lhe interessa é a dimensão humana – e isto trouxe-lhe reconhecimento junto do público, que se revê no