António Damásio
António Damásio rejeita a ideia de uma mente separada do corpo e para que ela – a mente – exista a consciência depende de sistemas nervosos, ou seja, são processos mentais que dão origem à consciência e esses processos mentais têm uma base biológica.
Damásio defende que o organismo é constituído por corpo, cérebro e mente e não pode ser visto separado da sua interação com o meio.
No “Erro de Descartes” argumenta que é possível separar os processos cognitivos dos emocionais, que o corpo e a mente não são entidades separadas e independentes. No seu entender, o erro de Descartes foi o de julgar que o ser humano podia ser uma razão pura. Nos seus estudos de pacientes com lesões no córtex pré-frontal, Damásio reparou que há uma participação substancial das emoções nos processos de decisão e raciocínio.
Por mais racionais que possamos considerar as nossas decisões, há sempre emoções a elas associadas. Ficaríamos incapacitados de tomar decisões e de fazer escolhas se deixássemos de sentir emoções.
As emoções têm origem numa causa, num objecto. São reações corporais específicas, observáveis, ou seja, são públicas e voltadas para o exterior. São automáticas e inconscientes, apresentam polaridade e são versáteis: variam em intensidade e são de breve duração, pois relacionam-se com o tempo o que significa que as emoções têm princípio e fim.
Segundo António Damásio, as emoções e os sentimentos – que são testemunhos da nossa parte animal – estão intimamente relacionados com os processos de decisão, ou