Antítese
Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.
A antítese é a figura mais utilizada no Barroco, estilo de época conhecido como arte do conflito, em que também há presença de paradoxos, por apresentar oposições nas idéias expressas. Podemos entender como uma "tese contrária", embora não se trate do mesmo "paradoxo" científico. Aqui trata-se de asseverar algo por palavras contrárias, quando a linguagem corrente não tem força de expressão devido à previsibilidade de palavras que se tornaram corriqueiras.
A antítese é também um dos três elementos da dialética hegeliana: tese, antítese e síntese. Exemplos | | * "Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio." (Renato Russo) * "Uma menina me ensinou, quase tudo que eu sei, era quase escravidão, mas ela me tratava como um rei" (Renato Russo) * "Eu vi a cara da morte, e ela estava viva". (Cazuza) * "Será que eu sou Medieval? Baby, eu me acho um cara tão atual, Na moda da nova idade média." (Cazuza) * "Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada" (Humberto Gessinger) * "Fácil falar, fazer previsões, depois que aconteceu" (Humberto Gessinger) * "Mas que seja infinito enquanto dure (Vinicius de Moraes) * Do riso se fez o pranto. (Vinícius de Moraes) * Ele a amava, ela o odiava. * Hoje fez sol, ontem, porém, choveu muito. * Você é meu doce e sal. * Você é o mel que amarga minha