AntropologiaFinal

801 palavras 4 páginas
Relatório do texto “Uma etnografia selvagem” – Pierre Clastres

Elena Valero foi raptada quando tinha 11 anos de idade por índios da tribo Yanoama, que não conheciam o homem branco. E com essa idade já havia adquirido a cultura ocidental, ela lia, escrevia e tivera feito a primeira comunhão, então na tribo ela contestava as diferenças de costumes, tradições e crenças entre ela e os índios, e os índios defendiam a sua cultura em contra partida. Segundo Émilie Durkheim a sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de regras, costumes e leis que assegurem sua perpetuação, formando a consciência coletiva. A força da sociedade está na herança passada por intermédio da educação às gerações futuras. Diferenças observadas mais destacadas em comparação ao homem branco foram a antropofagia e o xamanismo.

O xamanismo é uma percepção religiosa que confere ao xamã, a capacidade de entrar em transe e se conectar com o mundo espiritual. Essa conexão o capacita para curar doenças, influenciar a natureza, facilitar a caça, adivinhar segredos, predizer o futuro. E para Levi-Strauss, apresenta uma pista para a compreensão do método Levi-straussiano. No ensaio, “O feiticeiro e sua magia” o antropólogo trata do xamanismo e da sua eficácia. A partir disto, identificou a manipulação psicológica feita pelo xamã e concluiu que as práticas mágicas realizadas pelo feiticeiro tem sua eficácia.

Outro choque de culturas presente na vida de Elena na tribo é na situação em que os índios praticam o endocanibalismo (pratica xamanista de respeito ao mortos, ao contrario da exocanibalismo que está baseado no consumo de carne como meio de aterrorizar outros grupos, roubar a força vital de alguém ou simplesmente comer), ou seja, eles se alimentam das cinzas dos parentes mortos, sendo uma maneira de firmar uma conexão permanente entre os vivos e aqueles que partiram. Elena não concordava com isso, pois já havia aprendido na própria cultura quando pequena que os

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