ANTROPOLOGIA
A antropologia em seu período inicial procurava questionar coisas como: teria o homem selvagem uma alma? Por exemplo, quem questionava os índios serem civilizados, os antropólogos realizavam debates. Alguns à favor dos índios, comentando sua ordem política ser até melhor do que a de algumas sociedades, e outros à favor da servidão dos índios, que eram estranhas aos costumes pacíficos e da vida civil.
Até o século XIX, os estereótipos de mau selvagem e bom civilizado ganharam força, com o desejo de expulsão da cultura todos os que não participavam da faixa de humanidade à qual pertencemos e com qual nos identificamos. Os índios, por exemplo, foram julgados por causa de suas crenças religiosas, aparência física, comportamentos alimentares e língua.
Haviam também os especialistas que defendiam a ingenuidade dos povos, comentando que os mesmos cometiam, muitas vezes, menos barbáries do que nós mesmos. Alguns antropólogos acreditavam nesta área de saber uma maneira de fugir da prisão mecânica da cultura e estudar as formas primitivas da vida humana.
As populações selvagens eram sempre vistas por um dos dois extremos, ou eram belos, ou feios; trabalhadores ou preguiçosos; animal ou humano; religioso ou sem alma; anarquista ou comunista.
Diferente dos conceitos pré-antropológicos, que considerava os selvagens como estereótipos, houve a criação de um projeto antropológico, na qual existiu o desenvolvimento de vários conceitos. Mais do que observar o homem como um objeto e analisá-lo, a antropologia busca interpretar as interpretações.
O livro aborda a importância da antropologia, a maneira que os estudiosos enxergavam os selvagens antes de delimitarem os conceitos desta área do saber e a fundação e desenvolvimento do saber relacionado ao homem, seus costumes e culturas.
O autor utiliza uma linguagem simples e acessível, para explicar como a antropologia se transformou ao longo dos séculos e a maneira que o homem era estudado. A