ANTROPOLOGIA
Achei esse autor brasileiro, Roberto DaMatta, de quem tinha lido algo durante a faculdade de Comunicação. Depois de um livro de crônicas dele, mergulhei nesse que parece ser um livro importante na sua trajetória e da antropologia brasileira (ok, visão de principiante no assunto).
O fato é que o relativizar do titulo é um conceito bem poderoso, e que serve tanto pra essa interseção que eu procurava quanto pra vida em geral, podem acreditar!
Não se trata de um “tudo é relativo” onde nunca se tem certeza de nada. Relativizar é se colocar no lugar dos outros — outra pessoa, outro grupo, outra tribo — através da pesquisa etnográfica, para, a partir desse ponto de vista, avaliar os nossos próprios conceitos. Entender as nossas diferenças. Ao invés de medirmos o desconhecido só com a nossa régua, como estamos a fazer, entender o outro sistema em seus próprios termos.
O livro é muito de uma autobiografia do antropólogo descobrindo esse oficio e de como a visão indiana-jonesca da profissão não condiz com a realidade. Antropólogo é um estudioso das coisa vivas que, mesmo na versão arqueólogo, é aquele que estuda a relação dos mortos com os vivos.
Se você de alguma forma está buscando insights pra sua profissão, querendo conhecer melhor as pessoas e aprender algo com elas, eu recomendo esse livro que, diga-se de passagem, é bem acessível quanto à linguagem.
Quanto à lição de vida, essa fica por conta de cada um. Eu ainda estou processando o que li, mas garanto que saímos com uma visão de mundo mais generosa daqueles que ainda não