Antropologia
Por sua vez, antropologia significa (literalmente) estudo do homem, como ser biológico social e cultural. Dessa forma, é possível definir o que somos a partir da imagem que temos do outro. Todavia, uma análise mais objetiva do termo em questão afirma que a antropologia é um conjunto de teorias, métodos e técnicas de pesquisa que visam buscar explicações para os comportamentos humanos em sociedade. Assim, não cabe semelhança com a arqueologia ou a paleontologia, que têm por objeto vestígios históricos e pré-históricos de homens e de animais e plantas, respectivamente. (p. 14-16)
A antropologia foi elevada à categoria de disciplina acadêmica no século XIX, por influência do positivismo científico, juntamente com a sociologia. Esta buscou compreender a modernidade pela qual passava a civilização ocidental, enquanto aquela se preocupou com a pré-modernidade, com o outro exótico e primitivo, o habitante original das colônias ultramarinas européias. Dessa maneira, os antropólogos contribuíram para o imperialismo, que ocupou principalmente regiões africanas, asiáticas e da Oceania. Assim, suas contribuições foram decisivas para as dominações, alienações e etnocídios que ocorreram nesses lugares. (p.17-19)
Quanto ao quesito histórico, a antropologia teve por origem a etnografia – que é o método de coletar dados – e a etnologia – que sintetiza e estuda esses dados. Há informações de que o precursor dessa ciência foi o historiador grego Heródoto, pois teve a preocupação de estudar povos não-gregos, os ditos bárbaros. (p. 20-21)
Posteriormente, a antropologia moderna origina-se do imperialismo colonialista europeu. Mesmo que alguns estudiosos demonstrassem interesse pelos povos descobertos por mera curiosidade ou fascinação, a