antropologia
Escravidão é a prática social em que em que a liberdade individual é tolhida. No mundo contemporâneo frequentemente nos deparamos com diversas situações que manipulam ou cerceiam nossa liberdade individual.
O Trabalho Escravo, infelizmente, ainda é uma triste realidade presente em nossa sociedade. Tratá-lo como assunto ultrapassado é um erro. Sabemos que a lei Áurea, de 13 de maio de 1888, foi um passo importantíssimo para o reconhecimento da ilegalidade do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, pelo menos no papel. Atualmente encontra-se situações de trabalho escravo no campo, em grandes empresas, envolvendo crianças, entre tantas outras. Porém, a manipulação de nossa liberdade não se restringe apenas a situações laboriosas.
A sociedade é colocada diante de episódios impositivos do modo “correto” de se vestir, comportar, de cuidar da aparência. Vive-se em uma verdadeira ditadura da beleza. As pessoas nunca gastaram tanto com produtos e serviços estéticos por considerarem-se insatisfeitas consigo mesmas.
É notório que a indústria da beleza não tenha primordialmente o objetivo de cuidar do bem estar ou qualidade de vida das pessoas, afinal, é mais economicamente vantajoso criar protótipos do que seja belo, tornando as pessoas literalmente submissas a esses padrões que são impostos pela mídia, construindo uma sociedade altamente consumista e ansiosa. A fuga da realidade é uma consequência comum para aqueles que buscam incessantemente o ideal de beleza apresentado, refletindo em sentimentos de frustração, medo, angústia e insegurança.
A idade também não é fator limitante. Muitos fazem do próprio corpo um ídolo, originando um verdadeiro culto ao corpo. Jovens que adquirem transtornos alimentares para conseguir alcançar o conceito pregado pela sociedade do corpo dito como perfeito. Bulimia e anorexia são ocorrências características dos transtornos alimentares. Com a popularização do acesso às cirurgias plásticas de natureza estética, o