Antropologia Urbana Entre A Tradi O E A Pr Tica
Antropologia urbana entre a tradição e a prática
Maria da Graça Índias Cordeiro nasceu em 16 de julho de 1956, na cidade de Lisboa, Portugal. Formou-se no ano de 1982 em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa, onde em 1988 obteve o título de mestre em Antropologia Social e Cultural e Sociologia da Cultura com a dissertação Laranjinha, lazer, solidariedade: um ensaio de antropologia urbana. Concluiu seu doutorado em 1996 no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em Lisboa na área de Antropologia Social com a tese Um bairro no coração da cidade. Um estudo antropológico sobre a construção social de um bairro típico de Lisboa. Atualmente é professora auxiliar do ISCTE.
Etnografias Urbanas dá-nos uma visão geral sobre o estado da antropologia urbana em Portugal ou, para sermos mais precisos, dos estudos sociais urbanos que recorrem à etnografia como método principal. O formato de livro revelou- se uma boa escolha, já que permitiu reproduzir a pulsação das apresentações originais com os devidos enquadramentos teóricos e discussão final. Temos, por conseguinte, um número razoável de capítulos curtos, rápidos, incisivos, pontuados por reflexões de maior fôlego.
Abre o volume uma introdução geral dos três autores, seguida de uma apresentação teórico-metodológica de Graça Cordeiro, «A antropologia urbana entre a tradição e a prática». Os capítulos organizam-se em duas secções: «Territórios, imagens e poderes», apresentada por Luís Baptista, e «Estilos de sociabilidade», apresentada por Firmino da Costa. Com sínteses finais de Gilberto Velho («Continuidade e inovações na antropologia portuguesa: cidade e diversidade»).
A designação de “antropologia urbana” surgiu há cerca de três décadas nos EUA, tendo em consideração a obra “urban anthropology. Research Perspectives and strategies” de Elizabeth Eddy em 1968.
Um conjunto de fatores, exteriores e internos à disciplina, contribuíram para o aparecimento desta nova