Antropologia Medico Legal

Antropologia Médico Legal

Teresina – PI
Setembro de 2014
1. INTRODUÇÃO
O surgimento da antropologia médico-legal veio da necessidade de construção de um corpo teórico-metodológico com base em conhecimentos científicos específicos e ao mesmo tempo, multidisciplinares, que fosse capaz de lidar com restos humanos associados às cenas de crimes, ou, em situações menos comuns, com corpos mumificados ou cujas marcas das digitais tenham sido extirpadas.
Pode ser conceituado como o ramo da medicina legal que tem como principal objeto a identidade e identificação do ser humano utilizando conhecimentos da antropologia geral, com clara importância na esfera penal, aplicando a ciência antropológica, com o objetivo de ajudar na identificação de cadáveres e na determinação da causa de mortes.

2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
A antropologia médico-legal é considerada um ramo especializado da antropologia biológica, contudo, na realidade atua de forma a agregar uma série de conhecimentos que extrapolam os limites desta disciplina. Nos Estados Unidos, país pioneiro na sua prática, as ciências sociais ocupam um lugar importante na formação dos profissionais, além de ser enfatizado não apenas o estudo dos tecidos duros (ossos e dentes), mas também as técnicas da arqueologia para a escavação, documentação e coleta dos vestígios.
As análises macroscópicas, dependendo da contextualização e do grau de preservação do material utilizado na tentativa de identificação, podem fornecer estimativas acuradas de sexo, idade, altura, lateralidade, ancestralidade, causa de morte (arma de fogo, instrumento, estrangulamento, etc.), forma de morte (natural, homicídio, suicídio, acidente), além de outras características que individualizam a pessoa, como doenças ou alterações biológicas ocorridas ao longo da vida do indivíduo e marcas de estresse ocupacional.
Os dados obtidos através desta análise são a chave para a