Antropologia IV
“pode ser definido como o valor social positivo que uma pessoa efetivamente reivindica para si mesma através da linha que os outros pressupõem que ela assumiu durante um contato particular. A fachada é uma imagem do eu delineada em termos de atributos sociais aprovados – mesmo que essa imagem possa ser compartilhada, como ocorre quando uma pessoa faz uma boa demonstração de sua profissão ou religião ao fazer uma boa demonstração de si mesma. (GOFFMAN, 1967, pp. 13-14)
No terceiro capítulo de seu livro, “Constrangimento e organização social”, Goffman coloca em pauta o papel do indivíduo no jogo social, os atores envolvidos e as expectativas entre eles. Nesse jogo de interação, são estabelecidos níveis de insatisfação: incômodo; constrangimento; e desconforto.
Um indivíduo pode reconhecer o constrangimento extremo nos outros e até em si mesmo através dos sinais objetivos de perturbação emocional: enrubescimento, balbucios, gaguejar, uma voz estranhamente aguda ou grave, a fala trêmula ou entrecortada, suor, palidez, piscadelas, tremor das mãos, movimentos hesitantes ou vacilantes, distração e disparates.
A análise do autor é