Antropologia - evolucionismo
Bacharelado em Ciências Sociais
Fundamentos do Pensamento Antropológico
Professora: Márcia Longhi
Seminário: Evolucionismo Social
Grupo: Beatriz Carlos Augusto da Silva Felipe Lima Soares Genildo Muniz dias Neto Mauro Marolla Filho
João Pessoa
Abril-2012
Introdução
O século XVIII foi marco de profundas transformações sócio-políticas na Europa. O desmoronamento de antigos valores sociais, como a autoridade, o dogma e a hierarquia, fizeram parte do processo de desagregação do antigo sistema feudal. Com o irrompimento da Revolução Francesa, estimulada pela crítica negativa da realidade dos iluministas, em sua busca pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, e a revolução no modo de produção e de divisão de trabalho, a chamada revolução industrial, a sociedade vê surgir o capitalismo, com todas as suas incongruências e desafios, mas, também, cheio de promessas e esperanças de uma vida melhor. Nesse contexto tão tumultuado e complexo, estabelecem-se as condições para emergir uma nova ciência, a ciência do homem, com um saber não mais especulativo, mas positivo sobre o homem (ERIKSEN, 2007). Esse projeto antropológico supunha a construção de alguns conceitos, como o conceito de homem enquanto objeto do saber (sujeito que observa, objeto observado), e a constituição de um saber não só reflexivo, mas de observação do homem em sua existência concreta (organismo, relações de produção, linguagens, instituições e comportamentos), sob um olhar de positividade e de empirismo, não mais transcedental, onde a linguagem passa a ser o objeto especifico de um saber cientifico (Laplantine, 2000). Inicia-se nessa época, a questão dos limites do saber e das relações de sentido e poder, prenúncio do fim da metafísica, colocando a sociedade desse século numa crise de identidade do humanismo e da consciência