Antropologia Economica
Aluna: Fernanda dos Santos Silva
Aluna: Ana Lucia
Professora: Adelice
Disciplina: Antropologia
Resumo:
A antropologia econômica, empreendida por antropólogos como Shalins (1978, 1992) e o marxista Godelier (1969), critica a lei do valor, tal como colocada pela economia tradicional, permitindo compreender as economias não mercantis, bem como os mercados inseridos no interior das mesmas, a partir de lógica simbólica. Todas as sociedades seriam progressivamente transformadas à imagem e semelhança das ocidentais (ALVATER, 1995; CORDEIRO, 1995)No pensamento econômico, segundo Polany (1980), a noção de riqueza foi progressivamente abandonada e substituída pelas noções de valor e preço .Há aqui uma confusão entre riqueza e valor baseada na ambiguidade entre moeda (signo da riqueza) e riqueza (CORDEIRO, 1995).Assim, para Cavalcanti (1992), a riqueza cresce em função de condicionamentos termodinâmicos e sociais, porém os títulos de crédito seguiriam uma lógica matemática. Para se compreender bem essas lógicas, segundo Polany (1980), é necessário retomar a crítica aristotélica à moeda. Nas análises de antropólogos marxistas como Godelier (1969, 2002), o capitalismo é um sistema de criação de desejos e produção de necessidades, fundando-se no consumo e no desperdício, bem como em processos de destruição planejada.
Basta lembrar que a crise 1929, cujo estopim foi à bolsa de Nova York, foi uma crise da abundância, e não da escassez. Esta confusão também embasa absurdos lógicos, pois leva a afirmar que a riqueza existe tanto mais quanto se torna rara. Mas antropologia econômica (GUDEMAN, 2001) desmontou o dogma da escassez, axioma central da análise econômica. A escassez é o postulado da insuficiência das coisas materiais, No estudo destes povos descobre-se que a escassez é definida pela relação entre meios e fins, não sendo propriedade absoluta dos meios disponíveis.