ANTROPOLOGIA DO SER
A leitura da realidade varia quase sempre de acordo com o olhar do observador e neste trabalho será mostrado como Sócrates e Heidegger observam e refletem sobre o ser. A filosofia tem no ente sua principal fonte de reflexão desde Parmênides que buscava o sentido do ser no mundo. Esse pensamento é transformado em busca do conhecimento da verdade sobre o ser em Sócrates que de forma racional mostra um ser para a eternidade ao compará-lo com a alma. Lendo Heidegger observa-se que ele não critica nem Parmênides nem Sócrates por essa antecipação da sua definição de ser (de maneira hermenêutica e subjetiva da fenomenologia do próprio ser no mundo).
O sentido do ser a partir de uma reflexão analítica é um caminho para encontrar a verdadeira ontologia do ser segundo o pensamento de Heidegger e em Sócrates encontra-se o ser racional que se confunde com o corpo e compõe junto a esse corpo o homem representado pela sua alma. Nesse ambiente reflexivo do significado do ser apresentado especificamente na obra Ser e Tempo de Heidegger e O Primeiro Alcebíades, diálogo platônico atribuído a
Sócrates é que desenvolvemos este trabalho com o objetivo de apresentar o que existe de
Pouco é conhecido sobre a vida deste filósofo, cujo nascimento ocorreu provavelmente no ano 470 a.C. ou 469 a.C, – tendo como pais o escultor Sofronisco e mãe a parteira Fenareta – no final da guerra entre gregos e persas, segundo Victor Civita no volume I de História das Grandes Ideias do Mundo Ocidental da coleção Os Pensadores (1972, p.35).
Participou de campanhas militares em defesa de sua cidade natal Atenas, como na guerra do
Peloponeso (432 a.C) e em Delos (424 a.C.). Tendo como principais fontes de reconstituição da vida e do pensamento de Sócrates os depoimentos em livros de seus