Antropologia Do Corpo Himba

Nome: Fernanda Bastos Gonçalves Vieira
Número USP: 7136071

A Antropologia do Corpo Himba

Ao redor do mundo existem milhões de indivíduos, todos diferentes entre si. “O papel que um indivíduo desempenha é talhado de acordo com os papéis desempenhados pelos outros presentes.” (Goffman, 1970). Todos esses papéis desempenhados conjuntamente formam uma sociedade. Esta, por sua vez, é diferenciada das demais de acordo com suas religiões, línguas e hábitos. Mesmo que uma acabe se contagiando com outra, pelo contato, cada uma ainda é única e desenvolveu sua própria cultura, uma forma de utilizar e interpretar seu corpo.
Um exemplo disso é a tribo Himba, que está localizada em Namíbia, parte do deserto do Namibe, em Angola. Lá o clima é quente e seco e a escassez de água é constante. O capitalismo provavelmente ainda não chegou ali e tampouco a tecnologia. Esses fatores exigem que os integrantes da tribo tenham certa habilidade para garantir sua sobrevivência. Apesar dessas dificuldades homens, mulheres e crianças convivem em harmonia e esbanjam alegria.
Dentro do seu cotidiano as tarefas são divididas, em geral, da seguinte forma: os homens são responsáveis por pastorear e tomar conta do gado e as mulheres devem buscar lenha e água. Todas essas tarefas (e outras ainda) são realizadas em grupo. Dormem encostados uns nos outros, no chão, dentro de “casinhas” feitas de galhos e esterco de vaca. A água além de rara é considerada sagrada e por conta disso somente os homens da tribo podem tomar banho. Para nós pode parecer uma forma difícil de viver, mas para eles isso tudo é normal, faz parte de sua cultura.
O calor é constante, talvez por isso eles andem seminus. Para cobrir seu corpo, as mulheres utilizam saias de couro de vaca somente, mostram os seios o tempo todo e não demonstram vergonha nenhuma. Para valorizar o corpo se pintam com ocre, inclusive o rosto, o que deixa a pele num tom avermelhado, usam muitas pulseiras, tornozeleiras e colares que parecem aros ao redor