Antropologia Digital
Acredito que não. O universo do marketing, assim como diversos outros, segue tendências que, em algum momento, ofereceram resultados expressivos para a concorrência ou para parceiros. Estas tendências são reproduzidas em todos os setores até seu completo esgotamento e, quando a estratégia aplicada passa a não funcionar, todos buscam a forma mais fácil de voltar a obter lucros e boas performances. A dificuldade na implantação de métodos de investigação, a urgência na conquista de resultados e a preferência por ferramentas automáticas são fatores que desqualificam a capacidade reflexiva do mercado.
Todos os cursos que envolvem a ciência da comunicação deveriam oferecer pelo menos um ano de disciplinas antropológicas em suas grades curriculares. É possível observar que cases publicitários que se baseiam em traços comportamentais de seu público alvo conquistam mais sucesso do que cases que simplesmente adaptam seus conceitos ao ferramental disponível no ambiente digital. Um exemplo disso é o projeto “Volta Ferrorama”, do qual participei ativamente enquanto estava trabalhando na equipe de Social Media da DM9DDB, em meados de 2010. Toda a campanha tem apoio em um viés comportamental do seu target: a nostalgia.
Análises do anunciante (Brinquedos Estrela) mostravam claramente que um público mais velho sentia falta de um de seus brinquedos mais aclamados na década de 80: o Ferrorama. Fãs do trenzinho promoviam discussões calorosas em cafés,