Antropologia cristã
CONSEQUÊNCIAS DO PECADO NO AMBITO RELIGIOSO
Segundo a tradição cristã clássica, o pecado original é caracterizado pela pecaminosidade e culpabilidade universal e hereditária do homem desde a queda. É contrastado com o pecado real, isto é, a violação consciente da lei de Deus, por pensamento ou ato, fruto do pecado original.
Pecado original é o primeiro pecado de Adão que é reputado como pecado original, e se torna a fonte de todos os outros pecados, inclusive o do próprio Adão. Assim, os demais pecados de Adão não estão incluídos no pecado original.
Tudo que podemos dizer com segurança é que herdamos de Adão, por descendência, o Status de pecadores, e estamos sujeitos as implicações desta condição, inclusive o de nascermos sob a condenação – Paulo diz que antes da conversão os homens são por natureza, filhos da ira (Efésios 2:3), simplesmente porque nosso primeiro pai não poderia transmitir tal coisa aos seus descendentes. Isto significa que a raça descendente de Adão estaria condenada não fosse o plano da salvação idealizado por Deus. Depois do oferecimento de Cristo na cruz, uma porta foi aberta para a humanidade condenada ao pecado. Os que se perderem, não se perderam por causa do pecado de Adão que lhes foi imputado, mas por que não aceitarem o sacrifício de Cristo na cruz. Daí nenhum perdido poderá responsabilizar Adão por não estar salvo.
Concluindo: somos culpados do pecado de Adão? Não. Deus não nos culpa por um pecado que não praticamos. Mas este é apenas um lado da moeda. Enquanto o primeiro pecado do primeiro homem não é mais imputado a mais ninguém, é inegável que este pecado fez com que todos nós nos tornássemos pecadores, sujeito a triste conseqüência do mal. Herdamos de Adão não o seu pecado, mas a condição que este determinou a ele e a todos os que dele procedem. É por isso que, sem exceção, todos, independente de nacionalidade, sexo, condição social, idade, etc., necessitem do plano da redenção para serem