Antopologia

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Recebe o nome de antropocentrismo a ideia, surgida na Europa do fim da Idade Média, que considera o Homem o centro do cosmos. O antropocentrismo sugere que o homem deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica.

O Homem Vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, 1490.
Tal filosofia ganhará popularidade em detrimento de outra predominante, o teocentrismo, onde Deus (no caso, o deus da tradição judaico-cristã) preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Como consequência, este momento na história europeia marca a separação entre Teologia e Filosofia, resultado do surgimento do humanismo renascentista, que eleva o antropocentrismo a ideia central. É a chegada de uma nova era, um tempo que valoriza a razão, o homem, a matéria, onde ter prazer em viver não é mais visto universalmente como pecado. Em suma, é uma ruptura com o período anterior.

Como pano de fundo para esta ruptura, há ainda um conjunto de fatores a serem considerados, como a decadência da poderosa estrutura da igreja católica e a ascensão dos estados nacionais no âmbito político, econômico e cultural, com o apoio da nobreza e da burguesia.

O surgimento do antropocentrismo causa ao mesmo tempo o declínio do escolasticismo, pois os novos intelectuais demonstravam interesse primordial pela literatura secular (humanae litterae, daí o nome de "humanistas"). As preocupações dos filósofos humanistas, desenvolvidas nos séculos posteriores, giram em torno de três grandes temas: o homem, a sociedade e a natureza. Estes novos filósofos eram questionadores, críticos, que não hesitavam em externar seu pensamento, preocupados em problematizar a realidade. É, enfim, um ser racional, que valoriza questões ligadas à matéria, o retrato do homem renascentista, que acredita que tudo pode ser explicado por meio da razão e da ciência.

A mudança de mentalidade será importante ainda no estímulo à pesquisa científica, fazendo com que as ciências, a arte e a literatura

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