Antonio vieira
António Vieira (1608-1697) foi um religioso, escritor e orador português. Lutou contra a escravidão dos índios, numa época em que era normal ter escravos. Defendeu a liberdade religiosa. Nasceu em Lisboa, na rua Cônego, no dia 6 de Fevereiro de 1608 numa família humilde, Filho de Cristóvão Vieira Ravasco e Maria de Azevedo. Foi para o Brasil com seis anos de idade, fez os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas em Salvador. Ingressou na Companhia de Jesus como noviço em Maio de 1623 . Em 1625, fez os seus votos de castidade, ordenando-se sacerdote em 1634. Após a Restauração da Independência, em 1640, regressou em 1641 a Lisboa, iniciando uma carreira diplomática. Em 1646, foi à Holanda e, no ano seguinte, à França, com encargos diplomáticos. Pretendendo obter para a Coroa a ajuda financeira dos cristãos-novos, entrou em conflito com a Inquisição, mas acabou por conseguir que fosse fundada a Companhia de Comércio do Brasil. Regressou ao Brasil em 1652 como missionário no Maranhão e no Grão-Pará, continuando a defesa da liberdade e dos índios. Em 1654, pouco depois de proferir o célebre Sermão de Santo António aos Peixes, em São Luís, no Estado do Maranhão, regressa a Lisboa onde procura apoio real para as missões dos Jesuítas. Regressa ao Brasil em 1655. Em 1656, voltou para a Europa. Com a morte de D. João IV, torna-se confessor da Regente, D. Luísa de Gusmão. Vieira perdeu a influência na corte, no reinado de D. Afonso VI, em 1662. Entrou de novo em conflito com a Inquisição que devido a divergências. Em 1665 é preso pela Inquisição de Coimbra e mantido sob custódia devido às suas ideias messiânicas e à defesa dos “cristãos novos”; Em 1667 foi condenado a internamento e proibido de pregar, mas, seis meses depois, a pena foi anulada, com a regência de D. Pedro.
Regressou mais uma vez a Lisboa, seguro de não voltar a ser importunado.