Antonio Henrique Amaral
Pintor, gravador e desenhista.
Antonio Henrique Abreu Amaral inicia sua formação artística na Escola do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, com Sambonet (1924 - 1995), em 1952. Em 1956, estuda gravura com Lívio Abramo (1903 - 1992) no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP. Em 1958, viaja para a Argentina e o Chile, onde realiza exposições e entra em contato com Pablo Neruda (1904 - 1973). Viaja para os Estados Unidos em 1959, estudando gravura no Pratt Graphics Center, em Nova York. Voltando ao Brasil em 1960, trabalha como assistente na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro, e conhece Ivan Serpa (1923 - 1973), Candido Portinari (1903 - 1962),Antonio Bandeira (1922 - 1967), Djanira (1914 - 1979) e Oswaldo Goeldi (1895 - 1961). Paralelamente à carreira artística, atua como redator publicitário. No início da carreira realiza desenhos e gravuras que se aproximam do surrealismo. A partir da metade da década de 1960, sua produção passa a incorporar a temática social, elementos da gravura popular e da cultura de massa, aproximando-se também da arte pop. Em 1967, lança o álbum de xilogravuras coloridas O Meu e o Seu, com apresentação e texto de Ferreira Gullar (1930) e capa de Rubens Martins, em que apresenta uma crítica ao autoritarismo vigente no país. Passa a dedicar-se predominantemente à pintura. Recebe em 1971 o prêmio viagem ao exterior do Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro e viaja para Nova York. Retorna ao Brasil em 1981.
Comentário crítico
Conhecido principalmente pela série de pinturas em torno das Bananas, realizada de 1968 até 1975, Antonio Henrique Amaral inicia sua trajetória artística com desenho e gravura. O aprendizado com o gravurista Lívio Abramo (1903 - 1992) foi fundamental para sua formação artística, pois ensina a impor disciplina a seu traço. Do mestre retém apenas a técnica. Seu estilo, que já apresenta considerável veia surrealista, é inspirado em artistas como Roberto Matta