Antologia poética
A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas de forma que até as pessoas menos estudadas compreendam o conteúdo.
Antigamente a linguagem era mais rebuscada e regrada; hoje em dia, a linguagem está mais livre e “solta”.
A linguagem da modernidade tanto na estética quanto na vida social apresenta um anticonvencionalismo temático, e inovação dos conteúdos que encontra correspondência também nesta linguagem.
Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se coloquial e espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar.
Há uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela é, nua e crua. Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais.
FERNANDO PESSOA
Fernando Antônio Nogueira Pessoa, ou apenas Fernando Pessoa, Poeta português nasceu em 1888, em Lisboa, e morreu nessa mesma cidade em 1935. Filho da pequena burguesia lisboeta, cresceu em Durban (África do Sul) frequentando mais tarde a Universidade de Capetown. Em Lisboa, logo abandonou os estudos, dedicando-se, como autodidata, a vastas leituras de filosofia e poesia. Levou vida modesta, complementando sua renda pela confecção de horóscopos nos quais acreditava. Foi defensor de práticas místicas, tendo sido membro da Fraternidade Rosacruz.
Sua obra é altamente intelectualizada. Suas primeiras poesias somente foram publicadas em 1915 na revista "Orfeu". Muitas delas ficaram durante sua vida inéditas pois, em vida, seu talento era apenas reconhecido pelos círculos limitados da boêmia literária de Lisboa. Fernando Pessoa é crescentemente reconhecido como o maior poeta português desde Camões.
Todas as cartas de amor…
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas