Antologia Poética
Ler poemas antigos, além de enriquecer o vocabulário também, faz com que o leitor, tenha um senso crítico do que se falava antigamente e quais eram os temas tratados nas obras do século XIX.
Também é importante realçar a ideia de que a leitura das poesias do século XIX retratava como os homens tratavam o amor, o que era aceitável e o que não era aceitável. Diferente do amor de antigamente hoje contemporaneamente o amor é uma coisa banal, que se pensa que o mesmo é encontrado em qualquer horizonte, diferente de hoje, no século XIX, o amor era algo que não poderia ser realçado e abençoado pelos pais se não reconhecido pelos mesmos.
Amar e Ser Amado (Castro Alves) – Amor correspondido
Amar e ser amado! Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano,
Beijar teus labios em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
Confundido também, amante, amado
Como um anjo feliz... que pensamento!?
Anelo : Ato de querer, aspirar, desejar.
Acalentei : Adormeci; aninei; embalei; ninei.
Desvelo : Excesso de cuidado; em que há ou demonstra dedicação; zelo.
Carinho demonstrado de maneira excessiva.
Algo ou alguém que é alvo desse carinho.
Alento : Fôlego, respiração, bafo
Bafejar-me : Aquecer com o bafo, soprar brandamente
Conclusão
O poema trata de falar de um apaixonado de um casal, que o autor compara com um rio, que se unem ao mar, eles se unem para se amar.
Coração (Castro Alves) – Amor correspondido
O Coração é o colibri dourado
Das veigas puras do jardim do céu.
Um-tem o mel da granadilha agreste,
Bebe os perfumes, que a bonina deu.
O outro-voa em mais virentes balças,