Antimicrobianos
A introdução dos antibióticos na terapêutica representou um grande avanço para a saúde pública, entretanto a utilização desses produtos de forma crescente na prevenção e tratamento de doenças tanto no homem quanto em animais favoreceu a seleção de micro-organismos resistentes e o aumento de internações hospitalares em decorrência de efeitos adversos. A prescrição, dispensação e utilização de antibióticos têm sido focos de discussão dos profissionais e dos órgãos regulamentadores de saúde no mundo todo, o que se deve ao impacto da utilização destes produtos na saúde individual, coletiva e no meio ambiente. Oferecer educação continuada aos prescritores e dispensadores, bem como favorecer a interlocução entre eles, além de buscar apoio dos órgãos regulamentadores e fiscalizadores das ações em saúde e fornecer informações aos usuários de medicamentos sobre os riscos inerentes ao uso de antibióticos podem ser estratégias para reduzir a emergência de cepas de micro-organismos resistentes e preservar a eficácia dos antibióticos disponíveis. Os principais pontos de ação dos antibióticos são a inibição da síntese do peptideoglicano da parece celular bacteriana, lesão da membrana citoplasmática e interferência na síntese de ácido nucléico e proteínas. Os antibióticos podem ser bactericidas (matam) ou bacteriostáticos (impedem o crescimento). A essência da quimioterapia antimicrobiana é a toxicidade seletiva: matar ou inibir o microrganismo sem afetar o hospedeiro. Esta toxicidade se baseia nas diferenças entre a estrutura e a composição química das células procarióticas e eucarióticas.
Inibição da síntese da Parede Celular: A parede celular da bactéria é formada por peptideoglicano. A penicilina e outros antibióticos impedem a síntese completa dele, consequentemente enfraquece a parede celular e a célula sofre lise. Como as células humanas não possuem peptideoglicano, a penicilina possui baixa