Antiguidade grega -educação
Na antiguidade, a Grécia não se constitui em uma unidade política - administração única e sim em diversas cidades-Estado, que possuíam em comum o idioma falado, a religião, além de similaridades nas instituições sociais e políticas. Para fins didáticos estudaremos apenas os períodos: Arcaico, Clássico e Helênico da história grega.
Período homérico (XII a.C. – VIII a. C.), é assim chamado porque naquela época teria vivido Homero, talvez no século IX ou VIII a.C. Predominava a concepção mítica do mundo, pela qual se admitia que as ações humanas fossem influenciadas pelo sobre natural, pela interferência divina. O homem não vivia sua autonomia e sim na dependência de seus deuses e de suas variações de humor. Entre as principais obras produzidas neste período destacam-se a Ilíada e a Odisséia, ambas atribuídas a Homero. Surge desse período a concepção de que o guerreiro ideal deveria comungar em si a beleza e a bondade. Trata-se da virtude do guerreiro belo e bom. Segundo Aranha, “o conceito de virtude possuía neste período, o sentido de força e coragem atribuídos ao ‘guerreiro belo e bom’, aos quais se acrescentavam a prudência, a lealdade, a hospitalidade, bem como a honra, a glória e o desafio à morte”.
Período Arcaico (VIII a.C. – VI a.C.), neste período ocorreram grandes transformações sociais e políticas, que iram modificar a estrutura político-administrativa dessa sociedade, com advento das cidades-estado (Pólis) e a caracterização de uma sociedade dividida em classes e baseada na economia escrava. Encrementa-se o comércio, que se estende para as colônias gregas. Há o desenvolvimento da escrita e a introdução da moeda. Também é neste período que ocorre a ruptura entre a aristocracia tradicional e os novos proprietários agrários, recentemente enriquecidos pelo comércio. Neste sentido destaca-se a atuação do tirano (legislador) Sólon, que aboliu o pagamento de dívida sobre terras, no qual o pequeno proprietário tornava-se presa