Antigo Testamento I
CURSO LIVRE: BACHAREL EM TEOLOGIA
ANTIGO TESTAMENTO I
Pr. Rubemar Andrade
PATOS,
2009
1 O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
1.1 A canonização do Antigo Testamento
A história da canonicidade acontece através de um longo período histórico. Os seus escritores não estavam conscientes de que seus textos seriam posteriormente canonizados.
Nem todo escrito religioso judeu foi considerado canônico por suas comunidades religiosas. Alguns livros gozaram de muito prestígio entre os judeus, apesar disso, não foram incorporados ao Cânon do Antigo Testamento. Estes livros são: 1-O livro dos justos (Josué 10.13), 2-O livro das guerras do Senhor (Números 21.14), e outros (1 Reis 11.41).
1.1.1 A posição ortodoxa
A canonização do Antigo Testamento foi um processo gradual e resultado do trabalho de um conjunto de pessoas. Muitos estudiosos fazem referências "A Grande Sinagoga", um Conselho, do qual Esdras era o presidente, e que incluía entre os seus 120 membros, Neemias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Daniel e Simão o Justo.
Embora o Talmude atribua a ratificação do cânon hebraico aos membros desta sinagoga, alguns eruditos afirmam que a Grande Sinagoga não passa de uma lenda que surgiu no século XVI, sendo ela o produto de uma ficção rabínica. Tanto a ala ortodoxa rabínica quanto a protestante concorda que Esdras e Neemias colecionaram os livros sagrados do Antigo Testamento e fecharam o cânon, entre os anos 430 e 420 a.C. Os critérios utilizados para a canonização do Antigo Testamento foram os seguintes:
a) Os livros históricos da Bíblia registram acontecimentos que se realizaram até o sexto e quinto século a.C. e não mais tarde;
b) Inspiração divina;
c) A santidade objetiva dos livros comparada com a literatura profana;
d) A limitação numérica em 22 livros (os 24 livros se originaram da separação entre Rute e Juízes, e Lamentações de Jeremias);
e) A inviolabilidade do texto (todos os