Antigo Egipto
A economia no Antigo Egipto era baseada na agricultura. O rio Nilo, com as suas cheias, era uma dádiva dos deuses para os egípcios. As terras cultivadas pertenciam ao Faraó, considerado pelo seu povo rei, Deus e senhor absoluto, mas eram controladas pelos sacerdotes, escribas e chefes militares que administravam os trabalhadores livres e os escravos que ali cultivavam a terra.
Uma das características da economia egípcia era o poder centralizador do Estado na figura do Faraó. A pedido do Imperador, os artesãos eram requisitados para a construção de templos e para a fabricação de armas para o exército. Com isso o comércio externo tornou-se possessão do Estado, pois só ele dispunha de material em demasia para a exportação.
Era comum o cultivo do linho, do algodão, da vinha, dos cereais e da oliveira. Os animais mais utilizados nesse período foram o boi e o burro, mas existia a criação de carneiros, cabras e gansos. O uso do cavalo só ocorreu no nono império, e o camelo, animal símbolo da civilização egípcia, só foi utilizado na época de Ptolomeu. Apesar de a agricultura ser a principal base económica, já existiam em pequena quantidade indústrias de cerâmicas, de mineração e têxteis.
Os povos egípcios comercializavam através do Mediterrâneo, ao que tudo indica, foram os precursores. A matéria-prima para a construção dos barcos vinha da Fenícia e o pagamento era baseado na troca de objectos de arte e metais preciosos. O Egipto também mantinha relações comerciais com a Arábia e a Índia.
Os gregos forneciam plantas que serviriam como uma das matérias-primas utilizadas no processo de mumificação. Através de uma feitoria concedida na margem esquerda do Delta, os estabelecimentos comerciais que ali existiam efectuavam trocas, como o vinho, o azeite, a cerâmica e alguns produtos metalúrgicos pelo trigo que faltava em suas cidades de origem. As pequenas operações comerciais internas eram feitas por troca directa pois não existiam