Antiga Mali
O império do Mali foi um estado que existiu na África ocidental no período de 1.200 a 1.600 aproximadamente. Também pode ser considerada uma etapa histórica do atual Mali, embora as fronteiras compreendessem outras regiões onde hoje se encontram em outros países da África. Este império foi descrito pelos viajantes árabes como um estado rico e suntuoso durante o seu apogeu, e certamente foi um importante centro comercial. O Império teve seu apogeu no inicio do século XIV com o governo de Mansa Mussa, que foi o responsável por converter todo o Império para o Islamismo.
Origens
Originários da região do rio Senegal e do Alto Níger, os grupos malinqués (malinqué significa "homem do Mali") vivendo nas cidades antigas de Kiri e Dakadyala eram liderados por chefes mágico-caçadores chamados de "simbon" (que significa mestre-caçador). O "simbon" era apenas um primus inter pares, ou seja, um primeiro entre iguais, e não detinha autoridade real sobre os outros membros da sociedade, mas o grande conselho (ghara) constituía um proto-Estado, que decidia sobre a guerra e os impostos.
A sociedade era dividida em grandes unidades familiares, que viviam em campos comunitários chamados de Foroba. As famílias pagavam impostos para o Estado por meio de trabalhos nas terras do simbon. Durante o século XI esses povos sofreram a interferência cada vez maior do principado do Sosso, cujo príncipe havia tomado o título de mansa (Imperador) nessa época. Também no século XI, contudo, os líderes do Mali se converteram Ao islamismo e iniciaram um processo de centralização política acentuado.
Os primeiros anos da monarquia
Reis do antigo Mali são citados pelas crônicas árabes, como por exemplo, o rei Hamana, o rei Djigui Bilali (1175-1200) e o rei Mussa Keita. Esses reis teriam demonstrado interesse renovado pela fé muçulmana, como Mussa Keita, que teria feito à peregrinação várias vezes. O rei Naré Famaghan (1218-1230) ampliou os domínios do reino malinqué, obtendo a