Antiga catedral da Sé

A expedição que trouxe Tomé de Souza para a implantação da cidade de Salvador tinha por objetivo criar uma cidade fortificada, por uma razão básica: a proteção das terras coloniais contra as outras potências europeias. A baía de todos os santos foi escolhida por ser a maior reentrância do litoral leste sul-americano a área escolhida para a fundação da cidade contava com uma falha geológica que forma o desnível acentuado da região, separando-a em cidade alta e baixa, no alto ficavam as sedes do poder político, eclesiástico e marcial e abaixo na estreita faixa de marinha, o porto e toda sua vida econômica de comércio e manufatura.
O plano urbanístico de salvador assemelha- se ao português desde a escolha da área, distribuição dos espaços arquitetônicos até, sobretudo, o plano de defesa. O regimento elaborado por ordem de D. joão III, trazido por Tomé de souza, relata que o governo deveria fazer uma fortaleza e povoar a cidade . Obviamente, essa povoação estava relacionada às pretensões portuguesas e, por isso, o plano urbanístico seria primordialmente direcionado pelo sistema de fortificações e defesas, embora no período predominassem as formas ortogonais para definição das vias da cidade, salvador adquiria uma feição desorganizada tratava-se de um plano diferenciado daquele das outras potências europeias, por obedecer à lógica do sistema militar- político-administrativo lusitano.
A relação entre poder político e religioso era muito próxima, a própria expedição de Tomé de souza trazia alguns jesuítas, entre eles, o Padre Manoel da Nóbrega, que construiu a capelinha da ajuda ou de Nossa senhora da ajuda em salvador, em 1549, próxima à Casa de Câmara e Cadeia e à Casa do Governador, a igreja teve, provisoriamente, atribuições de sé, levantada em barro e palha, recebeu o nome de sé de Palha. Nos achados arqueológicos foram encontrados blocos com cruzes nas faces o que comprova a influência dos jesuítas neste primeiro período de criação da cidade.
A Catedral da sé