Antietico
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13/04/2011 - 09h02
Metas europeias estimulam produção antiética de biocombustíveis, diz estudo
A adoção de metas de uso de biocombustíveis por parte dos países europeus vem estimulando práticas antiéticas e a expansão ''rápida e insustentável'' da produção mundial de biocombustíveis.
Essas são as conclusões de um estudo realizado ao longo de 18 meses pela entidade britânica Nuffield Council on Bioethics.
A União Européia e a Grã-Bretanha possuem uma série de metas de promoção de biocombustíveis, como, por exemplo, a Diretiva de Energia Renovável da Comissão Européia de 2009, que especifica que fontes de energia renovável devem responder por pelo menos 10% de todo o petróleo e diesel utilizado na União Européia, em 2020. Já os britânicos determinaram que 5% de todo o combustível de transporte do país devem provir de fontes renováveis até 2013.
Mas o estudo afirma que as metas europeias e nacionais de produção de biocombustíveis devem ser substituídas por ''uma estratégia mais sofisticada baseada em alvos específicos''.
De acordo com o documento, as metas que substituíram as atuais devem "levar em conta a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente, a realização de avaliações detalhadas sobre emissões de gases poluentes, a adoção de princípios de comércio justo e de esquemas de acesso e compartilhamento de benefícios''.
Princípios
Segundo o Nuffield Council on Bioethics, ''a União Europeia deveria dar apoio e assessoria a países que se esforcem para certificar que os biocombustíveis que produzem seguem tais princípios''.
O documento se debruçou ainda sobre três modelos de produção de combustíveis renováveis - o brasileiro, o americano e o malaio.
Em relação à produção brasileira, por exemplo, o documento afirma que o programa de produção de etanol a partir da cana de açucar, ''apesar de saudado por muitos como um dos mais