Anticristo
• O homem moderno, o homem ideal: a grande ilusão.
No início do livro, O Anticristo, Friedrich Nietzsche nos diz que conheceu a felicidade e o caminho que levava à mesma. Mas o que seria essa felicidade? Nietzsche diz que felicidade é a sensação de poder, sensação de que realmente pode realizar algo, sensação de que uma resistência foi vencida.
Aqui, Nietzsche cita e critica o Modernismo, afirmando que ele não foi capaz de encontrar essa felicidade e que o homem moderno não passa de uma ilusão, de uma imagem criada, de um homem idealizado, e não real. É dessa modernidade que padecemos, do compromisso covarde, da paz apodrecida.
• O super - homem.
Sendo assim, a problemática de Nietzsche não seria qual o lugar do homem na escala dos seres, mas qual o tipo de homem que se deve criar, que se deve pretender. O tipo mais digno de viver, mais seguro do futuro. Um tipo superior, um super homem!
Esse tipo de homem já existiu por mais de uma vez, mas apenas como uma exceção, um feliz acaso, e não como um tipo desejado. Pelo o contrário, o "super homem" de Nietzsche foi o tipo mais temido até o presente, e esse temor produziu o tipo inverso, desejado, criado e conseguido: O animal domesticado, a ovelha do rebanho, a enferma besta humana – o cristão.
• O começo de uma desgraça.
Assim, Nietzsche afirma que não se deve embelezar nem desculpar o cristianismo, pois ele travou uma guerra de morte contra este tipo de homem superior, e colocou o super homem, que deveria ser o tipo de homem a ser buscado, como o tipo censurável e desprezível. O cristianismo tomou partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, e transformou em um ideal a oposição aos instintos de conservação da vida saudável, assim, o cristianismo afirma que todos os valores superiores do intelecto não passam de pecados, desvios e tentações. O mais lamentável exemplo dessa deflagração da vida seria a concepção Pascal, que, apesar de brilhantemente inteligente, achou que sua razão estava