Antibióticos em uso da pediatria
Os antibióticos são drogas muito utilizadas na prática pediátrica, tanto em ambiente hospitalar quanto ambulatorial.
A infância é um período em que as doenças febris são muito frequentes e causadas por infecções virais, bacterianas, fúngicas e por protozoários e helmintos.
Todos os antimicrobianos têm efeitos colaterais, alguns muito graves como o choque anafilático. O médico que prescreve o medicamento deve estar ciente dessa possibilidade e julgar, com base na relação risco-benefício, sua indicação caso a caso.
1. Mecanismos de Ação dos Antibióticos
1.1 Antibióticos Que Agem Na Parede Celular
A parede celular das bactérias são envoltórios semirrígidos que servem para manter a forma do microrganismo e sua viabilidade, permitindo a passagem de nutrientes e metabólitos.
Qualquer etapa na formação dos componentes da parede celular pode ser alvo de antibióticos.
Bacitracina – age impedindo a união dos precursores de peptidoglicano até o meio exterior.
Betalactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, carbapenens e monobactâmicos)- sua ação se dá no nível das enzimas que formam a camada de peptidoglicano, inativando-as. A falta dessa camada é letal para as bactérias.
Fosfomicina – atuam inibindo a síntese de mucopeptídeospeptidoglicanos, na primeira etapa da formação da parede bacteriana.
Vancomicina e Teicoplanina– agem inibindo a síntese da parede celular bacteriana, bloqueando a incorporação no peptidoglicano.
1.2 Antibióticos Que Agem Na Membrana Citoplasmática
A membrana citoplasmática envolve as células. Sua permeabilidade é seletiva permitindo passagem apenas de determinados elementos.
Anfotericina B e Nistatina – agem conjugando o colesterol, esteroide essencial na composição de membranas dos fungos.
Polimixinas – agem como detergente calórico na membrana citoplasmática de bactérias gram-negativas, de forma que aumentam sua permeabilidade.
1.3 Antibióticos Que Interferem Na Síntese de Ácidos Nucléicos