antibiograma
Progressos substanciais nas pesquisas foram obtidos com os trabalhos de Pasteur e Koch em 1878, que demonstraram a natureza microbiana das doenças. Com a crescente preocupação em encontrar substâncias com ação antimicrobiana e cada vez menos tóxicas, as pesquisas foram se desenvolvendo até as publicações de Paul Erhlich em 1910, que introduziu com seu trabalho denominado "606" ou Salvarsan, um tratamento para a sífilis, sendo também censurado pela Igreja, por interferir na punição de Deus pelos pecados cometidos. Com base nesses trabalhos, buscaram-se novas drogas através de modificações estruturais nos compostos, chegando-se ao grupo dos sulfonamídicos, até hoje utilizados .
Os sulfonamídicos tiveram seu reconhecimento como droga antimicrobiana somente na década de 30 com os trabalhos de Domagk em 1932 na Alemanha, que demonstrou sua atividade antibacteriana em animais infectados. Esse trabalho recebeu ainda a confirmação de Leveditti e Vaissman na França no mesmo ano e, graças a esses e outros resultados, Domagk foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina do ano de 1938.
A partir desse período, até o início da Segunda Grande Guerra, surgiram novos compostos sulfonamídicos através de modificações em sua estrutura química que refletiam em sua atividade farmacodinâmica e farmacocinética. Surgiram a sulfadiazina, o sulfatiazol, a sulfamerazina, etc. (TAVARES, 1996). Paralelamente, em 1928, Alexander Fleming no SI. Mary's Hospital, observou que um fungo contaminava suas culturas de estafilococos e que no local da contaminação havia lise celular das bactérias e, portanto, não havia crescimento. Ao isolar o fungo,percebeu tratar-se do Penicillium notatum, o que o levou a nomear a substância que provocava a morte do microrganismo como penicilina.Constatou também que essa substância era ativa não só contra estafilococos, mas também contra estreptococos, e mais, não era tóxica para animais. A partir da descoberta de Fleming, outros trabalhos