Anti

CREONTE IMPEDIU QUE POLINICE TIVESSE UM RITUAL FÚNEBRE, COMO ERA DE DIREITO A TODOS OS MORTOS, PORQUE O TINHA COMO TRAIDOR. MAS PORQUE TRAIDOR? APENAS PORQUE ELE LUTAVA POR SEUS IDEIAIS E POR ELES MORREU?
IMAGINE O QUE VOCÊ FARIA SE UM FAMILIAR AO QUAL VOCÊ TIVESSE GRANDE AMOR MORRESSE, E VOCÊ FOSSE IMPEDIDO DE SEPULTAR O CORPO? CERTAMENTE MOVERIA CÉUS E TERRA PARA VER AQUELE FAMILIAR TENDO UM ENTERRO DIGNO,NÃO É MESMO? E FOI ISSO QUE ANTÍGONA, FEZ.
MENCIONAR AS ANTÍGONAS BRASILEIRAS QUE LUTAM PELO DIREITO DE ENTERRAR SEUS MORTOS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA (CASO AMARILDO).

Ato da ONG Rio de Paz
A ONG Rio de Paz realizou, no dia 31 de julho, um ato público na Praia de Copacabana, na Zona Sul. Dez manequins, cobertos por um pano branco, simbolizavam os mais de 35 mil desaparecidos no Estado do Rio desde 2007. Amarildo estava entre os lembrados pelo movimento.
Usando o resumo da Antígona, o autor faz uma rápida análise das influências dos direitos naturais no teatro grego clássico como forma de divulgação de uma ideologia embrionária sobre os direitos humanos. “Parece preferível uma sociedade de celerados tementes à lei, como diria Kant, a uma sociedade de santos que viram a luz, pois estes só seguem a luz que descobriram” (ADEODATO, 2009, p.3).
No período clássico, as tragédias descreviam Thémis e Diké[1] como concepções distintas de justiça, tal qual na tragédia grega de Sófocles (496–406 a.C.), a Antígona. Esta obra-prima é o marco do surgimento da idéia generalizada de direitos subjetivos independentes e acima do direito positivo, que por um longo período foi difundida e posteriormente internalizada nas constituições liberais. Drama porque estas entidades que corporificam duas posições concebidas como legais se embatem dentro da alma humana dos personagens da narrativa e os obrigam a tomar uma posição excludente. De logo entenda-se Thémis, a partir do condensado dessa trágica história e de alguns precedentes culturais, como um conjunto de leis divinas,