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Ricardo Pandolfi pandolfiadm@hotmail.com O Papel das Organizações Familiares no Desenvolvimento Sócio-Econômico e Cultural: O Caso do Estado do Espírito SantoINTRODUÇÃO
Os estudos sobre desenvolvimento local tem dado ênfase às questões de ordem econômica, que assumem proeminência em relação às demais. As discussões são baseadas na geração de emprego, no fluxo de capital, na capacidade de gerar, reter e atrair excedentes no processo produtivo. Por intermédio dessa visão, o Estado tem uma redução no seu papel e o mercado se fortalece como instituição reguladora e organizadora do processo de desenvolvimento.
Recentemente, os estudos sobre desenvolvimento local começam a incorporar (de forma tímida) novas dimensões (cultural, política, social e de identidade) para a reflexão com um enfoque diferente do discurso de geração de emprego e renda. Não que isso não seja importante, não é isso, mas pensar o desenvolvimento apenas a luz da visão tradicional é entendê-lo parcialmente, através de um único ângulo, quando na verdade, ele é multiangular.
Sendo assim, os estudos sobre as organizações familiares podem contribuir com essa discussão, já que elas podem ajudar a desvendar a cultura local e o modo de viver e organizar-se em comunidades. Estudá-las é compreender o universo da cultura empresarial familiar e a capacidade que as mesmas possuem de empreender, pois como se sabe elas criam raízes com a comunidade e mais do que isso elas são determinantes na dinâmica regional e local (FISCHER, 2000). Nessa perspectiva, o foco desta pesquisa será estudar o desenvolvimento local através da capacidade que essas empresas familiares tiveram de empreender, de passar adiante os seus valores, credos, símbolos, ou seja, a cultura familiar e empreendedora na criação de identidades locais. Essa pesquisa, portanto, contribuirá com essa carência existente nos estudos sobre desenvolvimento local.
1 OBJETIVOS
O propósito desta pesquisa é de examinar como as organizações familiares