Anorexia

A comida virou uma espécie de tampão emocional para cobrir as incertezas de uma sociedade cada vez mais tecnológica e impessoal.
O erro está em transformar um padrão ideal de beleza em uma indicação de melhora de saúde, o que não procede pois o jejum não traz vantagens para o organismo.Quanto mais longo for o jejum, mais gordura e proteínas vão sendo consumidas. E quanto mais tempo o indivíduo fica sem comer, mais se acostuma à privação, mais perde a noção de quantidade, maior o medo de ingestão, entrando em um ciclo vicioso. Ninguém começa a restringir o que come com o propósito de tornar-se anoréxico. O mais frequente é que comece com o desejo de baixar alguns quilos. Em outros casos, o disparador inicial é uma ruptura afetiva, fracassos ou conflitos pessoais.
A preocupação constante com a aparência, a busca pelo corpo magro, o incentivo à malhação exagerada e dietas intensivas estão diariamente na mídia. Televisão, outdoor e as várias revistas de moda, saúde e comportamento bombardeiam as pessoas com dietas milagrosas ao divulgarem que atrizes e modelos são famosas por serem magras.
É a verdadeira indústria de consumo estabelecendo padrões estéticos com a finalidade lucrativa.
As imagens divulgadas na mídia influenciam o pensamento dos jovens. O padrão a ser seguido é tão rigoroso que chega a ser difundido mundialmente.
A mídia faz acreditar que seremos felizes se emagrecermos.
A Internet, é justamente onde se encontra o maior problema por distúrbios alimentares. Por seu caráter democrático, sem o mínimo controle, encontram-se sites favoráveis aos transtornos alimentares. Parece incrível que isso possa acontecer, mas uma legião de garotas usa a internet para se informar sobre anorexia e bulimia, ligadas a uma idéia fixa - ser magra.
O aspecto cultural, com o culto à beleza magra presente na mídia, em incontáveis imagens, é o maior responsável pelo aumento da incidência da anorexia, mas não é o único. Fatores genéticos e psicológicos, também fazem a