Anorexia e bulimia
Antigamente, um pouco de gordura no corpo era sinal de saúde. Aí veio a medicina dizendo que não há vantagem nenhuma em acumular tecido adiposo; ao contrário, que todos devemos ser magros.
Ao lado dessa recomendação médica, a pressão social do padrão de beleza que se baseia em modelos bonitas e absolutamente magras, sem um grama de gordura no corpo, tiranizou a vida de muita gente. Hoje, a quantidade de pessoas que luta para perder peso, faz dietas e toma remédios é enorme. Essa preocupação exagerada pode provocar um distúrbio psiquiátrico grave, cada vez mais frequente, que é a distorção da autoimagem. A pessoa se olha no espelho e vê uma figura obesa que não corresponde à realidade. Não nota a perda de gordura subcutânea nem os ossos proeminentes.
Iludida por essa falsa imagem, imagina-se com excesso de peso e diminui obsessivamente a ingesta até que, num dado momento, não consegue mais comer. Como consequência, pode desenvolver problemas graves de saúde que chegam, às vezes, a ser fatais.
A anorexia nervosa se manifesta especialmente nas mulheres, embora sua incidência esteja aumentando também nos homens.
O que é?
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando-se em baixo peso corporal). É uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. O diagnóstico de anorexia repousa sobre alguns critérios essenciais:
-Perda de peso acentuada, superior a 15% do peso inicial;
-Aparecimento da patologia antes dos 25 anos de idade;
-Uma distorção implacável do comportamento alimentar;
-A ausência de qualquer outra patologia orgânica ou psiquiátrica;
-Um medo terrível de ganhar peso e de se tornar obeso. Ainda segundo alguns investigadores é também importante juntar a estes critérios anteriores, a existência de, pelo menos, dois dos seguintes sinais:
-Amenorreia;
-Lanugo;
-Bradicardia (menos de 60 batimentos por minuto);