Annie Leibovitz

Annie Leibovitz

Sua história começa em 2 de outubro de 1949 na cidade de Westport em Connecticut (EUA). A máquina fotográfica é objeto muito antigo na vida de Annie Leibovitz. No seu documentário biográfico ("Life Through a Lens") explica como a mãe, de máquina Super 8 na mão, andava sempre a filmar a numerosa família, que se deslocava em permanente movimento pela América: "Estávamos tão habituados à câmara que achávamos que era mais um membro da família", diz. O pai, militar da Força Aérea, andava de base em base, acompanhado pela família, que o segue dentro do automóvel. Annie explica como o carro era o modo de vida dos Leibovitz, a ponto de afirmar que "quando se cresce assim é fácil tornar-se artista, pois o mundo é apreendido através de uma janela como se fosse uma sequência de fotogramas". No final da adolescência, entra no Art Institute de São Francisco com o objetivo de se tornar professora de arte. Tem aulas de fotografia, toma contato com Robert Frank e Cartier-Bresson e aprende, segundo diz, que "a câmara é uma espécie de licença para viajar e conhecer mundo". Sendo assim, em 1970 surgiu a primeira oportunidade de ouro da fotógrafa: num movimento pacifista, retratou o poeta Alan Ginsberg fumando maconha. Um clique e em suas mãos estava uma foto que abriria as portas do mundo da fotografia. A revista Rolling Stone propôs que Annie vendesse a foto. Também neste momento que surgiu o convite para fotografar ninguém menos que John Lennon. Dez anos mais tarde, voltaria fotografá-lo com sua esposa Yoko Ono (a imagem tornou-se mundialmente conhecida).
A técnica dos retratos de Annie se aperfeiçoou com o passar do tempo. Sua simpatia e intimidade com quem retrata são a peça fundamental para a criação de muito mais que simples retratos. A técnica de Leibovitz, com o passar do tempo, foi captar não somente as pessoas que fotografava, mas o ambiente em que elas trabalhavam e viviam. A repórter não apenas registrava, mas procurava pegar, discretamente,