Anita Malfatti
Análise Crítica:
“Arte no Brasil, uma história na Pinacoteca de São Paulo”
Andressa Tamburini
Turma C
Anita Malfatti
Tropical, c. 1916
Óleo sobre tela
“Foi ela (Anita), foram os seus quadros que nos deram uma primeira consciência de revolta e de coletividade em luta pela modernização das artes brasileiras.”
Mario de Andrade
Análise Crítica:
“Tropical”- Anita Malfatti
A obra escolhida foi “Tropical” de Anita Malfatti, uma das obras presente na segunda exposição que a artista realizou no Brasil em dezembro de 1917, logo após o seu retorno dos Estados Unidos, onde teve contato com tendências modernas (como Expressionismo, Cubismo, Fauvismo, Futurismo e Sincronismo).
Apesar de ter acontecido bem antes do marco oficial do Modernismo no Brasil – Semana de Arte Moderna de 1922 -, a exposição da artista e sua obra “Tropical” já antecipavam conceitos que se firmariam na história da arte brasileira nessa semana. Incompreendidas no meio acadêmico brasileiro, suas novas ideias estéticas, adquiridas durante o tempo que passou estudando fora do país, lhe rendeu muitas críticas. O choque que suas obras causaram num Brasil ainda acostumado com uma arte convencional e cheia de regras, fez com que Anita fosse muito criticada pelos conservadores. Monteiro Lobato chegou a publicar uma agressiva crítica no jornal “O Estado de São Paulo”, o famoso artigo conhecido como “Paranóia ou Mistificação?”. Nele, Lobato identificava Malfatti como uma artista que via “anormalmente a natureza”. No entanto, o que ainda assustava o público brasileiro, mais adiante, se transformaria na inevitável emancipação artística, que se concretizou na semana de 22.
Anita Malfatti, inegavelmente, foi uma das precursoras do modernismo no Brasil. Sua obra “Tropical” já continha características do movimento, que só mais tarde o país reconheceria. A ruptura das normas, técnicas e temáticas convencionais ao Acadêmico e, principalmente, o