Animais em extinçao
Na verdade, o lobo-guará é um onívoro que se alimento de principalmente de roedores, pequenos répteis, caules doces, mel, aves e frutas (há até mesmo uma espécie de fruta, a Solanum lycocarpum do cerrado que, de tão procurada por ele, é chamada de “fruta de lobo”).
Diferente do lobo-europeu, o lobo-guará raramente caça animais de grande porte, pois não possui o hábito de andar em grupos, sendo encontrado no máximo aos casais durante a época de reprodução, ocasião em que somam os seus territórios (cada um com até 25 km2).
Sua aparência o faz notavelmente adaptado aos cerrados. A cor confunde-se com os campos de gramíneas. As pernas longas permitem-no ver acima da vegetação e muito longe, assim como suas orelhas grandes podem identificar com precisão a direção dos sons de uma presa, que não são abundantes em seu habitat.
O lobo-guará é um animal desejado por zoológicos do mundo inteiro, e aqueles que o possuem conseguem com relativa facilidade que se reproduzam, aumentando assim o número de animais cativos e contribuindo assim para a preservação da espécie e de seu patrimônio genético, nestes tempos em que finalmente fala-se da preservação do cerrado e de suas espécies.
Texto de Ricardo Avari
Biólogo do CEMAS-CECFAU/FPZSP
ANIMAIS EM EXTIÇÃO NO BRASIL Já em 1558, um frei português chamado Thevet, em visita ao Brasil, falou de um pequeno animal de pêlo dourado, por ele chamado de “Saguin”, que era muito bravo mas de espetacular beleza, e era usado como animal de estimação pelos índios. Já nesta época, a “juba” lhes deu o apelido de mico-leão.
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