Angra dos Reis
A esquadra comandada pelo navegador português Gonçalo Coelho entrou na baía da Ilha Grande no dia 6 de janeiro de 1502. Era dia de Reis e por esse motivo batizou-a Angra dos Reis. As chuvas e o clima quente e úmido do verão fizeram da passagem por Angra, um momento especial.
Angra era habitada pelos silvícolas, os escravos e os exploradores deixados pelos navegadores. As atividades locais eram voltadas para a caça, a pesca e a pequena lavoura. Na época, a Ilha Grande, chamada pelos índios de Opauau-Guaçu, era habitada apenas por silvícolas não havendo moradores brancos. Era um lugar rico em madeiras com pontos apropriados para a construção de embarcações.
No século XVII, com Angra dos Reis ainda Vila e sediada na Vila Velha, eram constantes as incursões de navios piratas pelo litoral angrense. Nesta época a principal atividade no local era a pecuária, a pesca e a agricultura de subsistência.
Como a maioria dos povoados brasileiros, Angra teve forte influência da Igreja Católica.
No século XVIII Angra fez parte da rota do ouro, um caminho criado e amplamente utilizado pelos exploradores do ouro das Minas Gerais. Toda produção seguia para Portugal passando por diversas cidades brasileiras e chegando ao mar através do litoral sul-fluminense. Esta rota também foi utilizada posteriormente para escoar a produção do café do Vale do Paraíba, nesta época Angra investia na produção de cana de açúcar. No final do século XIX, com o declínio da produção do café e abolição da escravatura, a rota entre Angra, Vale do Paraíba e Minas perdeu a importância econômica, sendo hoje um interessante passeio ecológico nos trechos mais preservados.
A Estrada de Ferro encomendada por Pedro II, que ligaria o Rio a São Paulo passando por Angra não conseguiu vencer os inúmeros obstáculos de montanhas, riachos e enseadas, e não conseguiu chegar ao Porto de Angra dos Reis, o que acabou isolando-a de vez do fervor econômico do início do período republicano.
No início de século