ANEURISMA DE AORTA
Defini-se por aneurisma da aorta como uma dilatação anormal da aorta, que apresenta expansão progressiva. Com o aumento gradual, a aorta se enfraquece cada vez mais, ocasionando a possibilidade de dissecção e ruptura da aorta.
PATOGÊNESE
A aorta é classificada como uma artéria elástica e apresenta três camadas definidas: a íntima, a média e a adventícia. A íntima consiste de uma camada única de células endoteliais sobre uma lâmina basal. As células da íntima repousam sobre um tecido subendotelial constituído de fibras de colágeno e elastina, fibroblastos e uma substância fundamental mucóide. A lâmina elástica interna separa a camada íntima da média. Constituída principalmente de elastina, a lâmina elástica interna apresenta fenestrações que possibilitam a difusão de substâncias da luz vascular para nutrir células da parede aórtica. A camada média é constituída de células musculares lisas em uma matriz de elastina, colágeno e substância fundamental amorfa. A fibras elásticas da parede da aorta são dispostas na média como lamelas circunferenciais. As unidades lamelares constituem o arcabouço estrutural da média .
Em muitos pacientes com aneurisma da aorta, o exame histológico revela uma perda de fibras elásticas, o que também é designado como “doença degenerativa medial”. Os mecanismos dessa degeneração não foram estabelecidos, mas a fragmentação e a retração das fibras elásticas da camada média são claramente evidentes. A degeneração medial mais avançada (como nos pacientes portadores de síndrome de Marfan) acarreta a perda de células musculares lisas. O exame histológico revela uma redução significativa de células musculares lisas na túnica média, entremeadas de múltiplos lagos de mucopolissacarídeos (necrose cística medial). No entanto, a perda de células musculares lisas da média não deve afetar diretamente o diâmetro externo da aorta. A perda de células musculares lisas pode ter um papel importante na formação e crescimento do aneurisma