Anemias
Este é um tema muito importante dentro da medicina, pois abrange uma grande quantidade de pacientes, sendo a condição clínica mais frequente na população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Sabemos que existem vários tipos de anemias, e elas podem ser classificadas basicamente em dois grandes grupos, sendo o primeiro formado pelas anemias de caráter familiar ou hereditárias, e o segundo formado pelas anemias adquiridas no decorrer da vida.
No primeiro grupo temos exemplos como a anemia falciforme, talassemia, esferocitose, sendo obrigatória a presença dos genes transmitidos pelos pais.
No segundo grupo e o de maior interesse para nós, está a anemia ferropriva ou anemia por deficiência de ferro. Como definição, anemia ferropriva se caracteriza pela redução do número de glóbulos vermelhos na circulação e principalmente pela redução na taxa de hemoglobina, que é uma proteína que está no interior do glóbulo vermelho e tem como função o transporte de oxigênio para todo o nosso corpo. O ferro é fundamental na formação da hemoglobina; se não há ferro a hemoglobina não se forma e o transporte de oxigênio fica comprometido.
Os principais sinais e sintomas são decorrentes da falta de oxigênio nos tecidos, portanto palidez, fadiga, cansaço, tonturas, palpitações e dependendo do grau de anemia até complicações cardíacas, renais e neurológicas.
Devemos sempre lembrar que a anemia é resultado de alguma patologia primária, ou seja, toda anemia ferropriva tem uma causa, seja por falta de ingestão de ferro (má alimentação), seja por má absorção (gastroplastias) ou por perdas sanguíneas (digestivas ou ginecológicas).
Portanto, para tratar estas anemias por deficiência de ferro não basta apenas repor o ferro ao organismo, mas também diagnosticar e resolver a causa desta anemia, como reduzir o fluxo menstrual, melhorar a alimentação, cuidar de úlceras, gastrites, etc.
Antigamente o único tratamento existente era cozinhar em panelas de ferro e/ou colocar